Governo vai financiar projetos acadêmicos de Defesa Nacional

01/05/2008 - 11h57

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério daDefesa e a Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério daEducação, lançaram o segundo edital do Programade Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica eTecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa). A primeiraseleção de projetos por meio do programa ocorreu em2005.Segundo o diretor do Departamento de Ensino e Cooperaçãodo ministério, general Júlio de Amo Junior, o principalobjetivo do Pró-Defesa é estimular a pesquisacientífica e tecnológica e a formação demestres e doutores em Defesa Nacional por meio da implantaçãode redes de cooperação acadêmica no país.As universidades eescolas militares interessadas terão de fazer parcerias eapresentar seus projetos até 28 de julho deste ano. Osresultados serão divulgados no final de setembro e, a partirde outubro, começarão a ser implementados os convêniospara repasse de financiamentos.Os recursosorçamentários serão repassados ao longo dospróximos quatro anos, e os projetos deverão serexecutados em até cinco anos. De acordo com o ministério,isso significa dizer que as propostas habilitadas agora deverãoestar concluídas e prontas para serem aplicadas em 2013.Esteano, o programa vai destinar R$ 7,2 milhões aos pesquisadores.Em 2005, o programa destinou o valor de R$ 4 milhões. “OPró-Defesa é o único programa a carrear recursospara este setor. Ele se torna como uma linha de crédito parapesquisas e formação de recursos humanos em áreasde interesse da Defesa”, disse o general Amo Júnior àAgência Brasil. “As propostas serão analisadaspor uma comissão e, certamente, buscaremos um equilíbrioentre as ciências exatas e humanas”, completou.Asprioridades do programa são os projetos relacionados apolíticas públicas e Defesa Nacional; orçamentoe gestão de recursos de defesa; desenvolvimento social e açõessubsidiárias das Forças Armadas; cenáriosinternacionais de segurança e defesa; ciência etecnologia e inovação em Defesa Nacional e logísticae mobilização voltadas para a Defesa Nacional.Emboraos 11 projetos selecionados entre as 40 propostas apresentadas em2005 ainda não tenham sido concluídos, o ministérioafirma que o Pró-Defesa já possibilitou a criaçãode linhas de pesquisa em Defesa Nacional em programas depós-graduação já existentes, naimplantação de núcleos de estudos e observaçãoe de centros de pesquisa e na ampliação da produçãocientífica relacionada ao tema.No primeiro edital, osprojetos selecionados envolveram 25 instituições deensino superior, sendo 15 civis e 10 militares. Entre os temaspesquisados estão, entre outros, “defesa contra guerraquímica e biológica” e “stress em tropas de missãode paz”.A expectativa do Ministério da Defesa éaumentar o número de projetos contemplados. Segundo AmoJúnior, o país necessita de profissionais qualificadospara desenvolver sua indústria de Defesa, como tem proposto oministro da Defesa, Nelson Jobim. “Para que possamos ter umaindústria pujante, precisamos de recursos humanos. Sãoessas pessoas que vão desenvolver nossa própriatecnologia, uma vez que é muito difícil conseguirimportar a tecnologia de outros países”, destacou ogeneral.O edital pode ser acessado no site do Ministérioda Defesa (www.defesa.gov.br).