Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), formado por representantesdos produtores, das indústriais e governo, aprovou novaproposta de limites de financiamentos. Os produtores com plantaçãode até 133 hectares de café terão as operaçõesde custeio e colheita ampliadas de R$ 2 mil para R$ 3 mil porhectare. O financiamento não pode passar de R$ 400 mil porcafeicultor.O secretário-executivodo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa), Silas Brasileiro, que coordenou a reunião de hoje (29)do CDPC, informou que a proposta aprovada será encaminhada emforma de voto ao Conselho Monetário Nacional (CMN). Ela deveser analisada na próxima reunião do CMN, em maio.“Tivemos hoje umaconquista extraordinária para a produção decafé. Os recursos para custeio e colheita foram ampliados e,naturalmente, esse recurso, após a colheita, serátransformado em pré-comercialização. Então,é uma conquista bastante significativa para o ordenamento docafé no mercado”, afirmou Silas.Segundo ele, devem serdestinados R$ 300 milhões para apoio à comercializaçãodo produto, podendo atingir um volume de até 10 milhõesde sacas. Entretanto, com a alta dos preços de algunsalimentos que também receberiam o benefício, épossível que a quantia inicial aumente. “A soja, que tambémtem apoio, está num preço realmente remunerativo, temoso algodão e o arroz num preço altamente remunerativo e,de repente, nós teremos mais recursos para o café.”Outra novidade éque o Brasil contará com um Centro Nacional de Café,localizado em Varginha-MG. A idéia é que seja um localpara se levar visitantes estrangeiros interessados no produto e pararealização de seminários e treinamentos. “Temosduas fazendas experimentais lá, temos um prédio de trêsandares que é magnífico e estamos ampliando a áreapara que seja um centro de referência”, informou Silas.