Professores discutem gestão democrática, financiamento e valorização da educação

22/04/2008 - 19h15

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - De hoje até apróxima segunda-feira (28), educadores de todo Brasil estarãomobilizados para discutir as bases de uma educação pública dequalidade. É o que pretende a 9ª Semana Nacional emDefesa e Promoção da Educação Pública,promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadoresem Educação (CNTE). A mobilização fazparte da Campanha Mundial pela Universalização doEnsino, que esse ano tem como tema Educação dequalidade para todos: fim da exclusão já.No Brasil, asdiscussões estarão centradas em três pontos: gestãodemocrática, financiamento e valorização daeducação. “São três vértices deum triângulo que consideramos fundamental para uma educaçãode qualidade, para promover uma escola inclusiva”, defende opresidente da CNTE, Roberto Leão.Hoje (22), a programaçãoda semana foi apresentada em cada estado. Amanhã (23), o trabalhoserá nas assembléias legislativas, câmarasmunicipais e Congresso Nacional. Professores e entidades do setorquerem sensibilizar parlamentares para a necessidade de aprovaçãodos projetos de lei que tratam da valorização doprofissional em educação.Amanhã, aComissão de Constituição e Justiça eCidadania (CCJC) da Câmara deve votar uma reivindicação da categoria: o projeto de lei queinstitui um piso nacional de R$ 950 para professores. De acordo com aCNTE, existem mais de 5 mil pisos salariais diferentes para acategoria, variando entre R$ 315 e R$ 1,4 mil.“Nós estaremosaqui [na Câmara] para mostrar aos deputados a nossa mobilizaçãoe o desejo de aprovação desse projeto. Queremos que eleseja votado como está, apesar de não ser o ideal,contém avanços que são importantíssimosno processo de valorização do profissional ”, afirmouLeão.Na sexta-feira (25), estáprogramado um dia de ações voltadas para a comunidade.O evento, chamado de A Escola Vai à Praça,apresentará produçõescientíficas e culturais das escolas. “A idéia émostrar que apesar de todas as dificuldades, os trabalhadores fazem opossível e o impossível para que a escola cumpra o seupapel”, ressaltou o presidente da CNTE.