Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Índioda Costa (DEM-RJ) disse hoje (22) que não vê motivospara que os documentos das auditorias do Tribunal de Contas da União(TCU) nas contas dos cartões corporativos e tipo B daPresidência da República sejam considerados sigilosos. O deputado é integrante da comissão da CPMI dos Cartões Corporativos formada porquatro parlamentares da oposição e quatro da basealiada na para analisar os documentos do TCU referentes àsauditorias realizadas por técnicos do tribunal dos gastosda Presidência da República efetuados com cartões corporativos no período de 2002 a2005. "Se o governo defato está trabalhando com essa hipótese, de que aquilo[documentação de posse do TCU] pode vir a causaralgum problema de segurança ao país ou ao presidente daRepública, é absolutamente ridículo. Nãotem nada ali que possa colocar em risco nem a nação nemo presidente da República", disse o parlamentar.O deputado que se forencontrado pelos parlamentares da CPMI alguma irregularidade quejustifique "um desdobramento maior", será pedido aquebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico paramelhor averiguação.A presidente dacomissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), estabeleceu oprazo de um mês, a partir de hoje, para que a comissãode oito deputados - quatro da base governista e quatro da oposição- analisem a documentação relativa a auditoriarealizada. Índio da Costajá iniciou a análise de cinco dos 11 processos. Segundoele, nestes processos os técnicos do tribunal encontraramfragmentação de gastos que indicariam uma possíveliniciativa para escapar de licitações. O parlamentar disse queo TCU já apontou os erros à Presidência daRepública, que por sua vez teria dito que já estátomando as providências para corrigir esses erros."Tem coisasirregulares ali como têm nos outros processos do governo comoum todo, e o Tribunal de Contas vem fazendo auditorias e encaminhandopara votação. Dos cinco principais processos, possodizer que não tem nada que coloque em risco a vida dopresidente", afirmou.