Servidores prometem manter mobilização para categorias sem reajuste previsto

13/03/2008 - 21h49

Juliana Cézar Nunes e Luciana Melo
Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 200 mil servidores públicos federais ficaram de fora do reajuste anunciado hoje (13) pelo Ministério doPlanejamento, pelos cálculos da Confederação dos Trabalhadores no ServiçoPúblico Federal (Condsef). Dez categorias, que incluem 800 mil servidores,fecharam acordo.Segundo opresidente da confederação, Josemilton Maurício da Costa, para as categoriasque ainda não tiveram as reivindicações atendidas, ainda que parcialmente,segue a mobilização por reajustes e reestruturações nos planos de carreira."Nósapostamos no processo de negociação, de que os termos [estabelecidos hoje]sejam cumpridos na íntegra, mas vamos continuar o processo de mobilização”,disse Costa. “O ministro [do Planejamento] Paulo Bernardo garantiu acontinuidade das negociações. Foi inclusive uma das exigências da Condsef,manter as negociações com setores que não fecharam ainda."Entre os servidoresque não devem ter o reajuste previsto na medida provisória a ser encaminhada aoCongresso Nacional estão os auditores fiscais, os servidores da Ciência eTecnologia, do Banco Central, da Advocacia-Geral de União e da Polícia Federal.Sobreas categorias em greve, como a dos advogados da União, o presidente da Condsefprevê dificuldades nos debates. “Parece que o governo deu uma congelada nasdiscussões”, avalia Costa, que não sabe estimar quando as negociações com todas as categorias serão finalizadas.No Orçamento Geral da União, aprovado esta semana pelo Congresso, estão previstos cerca de R$ 3,5 bilhões para o reajuste de servidores do Executivo este ano. Cerca de R$ 2 bilhões devem ser aplicados nos reajustes e reestruturações acordados hoje. Sobrariam cerca de R$ 1,5 bilhão para o reajuste das categorias restantes.