Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um grupo de metalúrgicos do Estaleiro Mauá, em Niterói (região metropolitana), fez hoje (13) um protesto em frente ao edifício-sede da Petrobras, no centro da cidade. A manifestação foi contra uma ameaça de demissão de 5 mil trabalhadores, devido à falta de encomendas de plataformas por parte da estatal.Segundo o presidente do Sindicato de Metalúrgicos de Niterói, José Mascarenhas, a Petrobras está estudando a abertura de licitação para a construção da plataforma de produção de petróleo P-62, no Espírito Santo. A proposta inicial, de acordo com o metalúrgico, era a de fazer equipamento igual à P-54, já construída pelo Estaleiro Mauá – desta forma, não seria necessária a licitação e a estatal "ainda ganharia agilidade e rapidez na construção".Mascarenhas disse que com a licitação dificilmente haveria trabalho para o grupo: "A chance é muito pequena, porque a companhia estrangeira vai ganhar e irá repassar para outras empresas. E o Estaleiro Mauá não deve ter condições de pegar o repasse, que vem com um preço bem mais barato."A Petrobras informou que só se pronunciará sobre o assunto após o término da reunião mantida desde o início da tarde com lideranças do sindicato.