Brasil e Estados Unidos firmam acordo para atuar no combate à discriminação racial

13/03/2008 - 18h52

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os governos do Brasil e Estados Unidos pretendem atuar em parceria no combate à discriminação étnico-racial e na promoção da igualdade. Um plano de ação nesse sentido foi assinado hoje (13) durante visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ao Brasil. O acordo estabelece a criação de um grupo diretor para a promoção da igualdade de oportunidades, que examinará  formas de cooperação na área. Este foi o único termo firmado pelos dois países. Outros temas foram debatidos nas reuniões que Condoleeza teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Em declaração conjunta divulgada ao final da visita, os governos dos dois países também anunciaram a crianção de uma Força Tarefa sobre a Sustentabilidade dos Biocombustíveis, com o objetivo de divulgar informações, com base em pesquisas científicas atualizadas, precisas e confiáveis. Os dois países já desenvolvem cooperação trilateral, para produção de biocombustíveis, com Haiti, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis e El Salvador.Outro tema tratado pelos dois governos e mencionado na declaração conjunta é a paz no Oriente Médio. Brasil e Estados Unidos debateram formas de apoiar os esforços israelenses e palestinos para o convívio seguro e pacífico entre os dois Estados. Também se dispuseram a manter diálogo sobre questões relacionadas à paz, à segurança e ao bem-estar econômico da África – já estão em andamento projetos de cooperação trilateral com Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. A reforma de organismos multilaterais também entrou em pauta na visita de Condoleezza Rice. Além da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, foi discutida a reforma do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, incluindo o processo de escolha de seus dirigentes e a reformulação do sistema de quotas do FMI, e a ampliação do G-8 por meio da plena incorporação de grandes países emergentes – Brasil, México, África do Sul, Índia e China têm participado como convidados das reuniões do grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo e a Rússia.