Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os parentes das vítimas do acidente com o avião da TAM, ocorrido em julho do ano passado em São Paulo, reclamaram hoje (16) de "recuo" do ministro da Defesa, Nelson Jobim, com relação a medidas de segurança adotadas para o aeroporto de Congonhas.Reunidos em um hotel da cidade, eles disseram que pretendem se encontrar com o ministro no próximo dia 28 para questioná-lo sobre o retorno de medidas como o pouso em dias de chuva e a volta de escalas e conexões no aeroporto, proibidos após o acidente e agora retomados.“Vamos levar essa questão diretamente a ele [Jobim]. Queremos saber por que houve esse recuo. O que melhorou em termos de segurança no aeroporto de Congonhas para ele voltar atrás em uma decisão que era realmente em nível de segurança?”, indagou Dario Scott, pai de uma das vítimas e presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam).Para o presidente da TAM, David Barioni Neto, não houve recuo do ministro e nem pressão das empresas aéreas no caso. “Não houve recuo com relação à segurança. Tudo o que foi feito permanece. A pista está operando com as restrições mínimas que foram estabelecidas pelo ministro. Todos estamos honrando o que o ministro determinou”, disse.De acordo com Barioni Neto, Congonhas é um aeroporto seguro. “Não há nenhum problema para achar que seja inseguro. É um aeroporto que opera dentro de padrões internacionais de segurança”.Os parentes das vítimas, o presidente da TAM e representantes do Procon, da Defensoria Pública e do Ministério Público reuniram-se pela manhã para uma nova tentativa de criar uma câmara de indenização, com os órgãos públicos atuando como intermediários nos acordos de indenização propostos entre a empresa e os parentes.