Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setor de serviços, que respondia por 37,9% da população ocupada em 2003 no Brasil, na média de 12 meses, elevou essa participação para 40,1% na média dos 12 meses do ano passado, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Azeredo, esse “é um aumento bastante expressivo – é praticamente o único grupamento que cresce nos últimos cinco anos”.
Na análise do IBGE, o setor é dividido em dois grupamentos: o de serviços prestados a empresa, que envolve intermediação financeira, terceirização e atividades imobiliárias; e o de outros serviços, que engloba alimentação, hospedagem, turismo, comunicação, armazenagem, transporte e limpeza urbana.
Os serviços prestados a empresa, em 2003, representavam 19,9% da população ocupada. Em 2007, na média de 12 meses, esse número subiu para 22,2%, enquanto a indústria mostrou redução, passando de 26,5% em 2003 para 25,3% no ano passado.
“Ou seja, nessa comparação temos um aumento expressivo da participação do grupamento de serviços prestados a empresa dentro da população ocupada, no cenário das seis principais regiões metropolitanas do país. E os grupamentos que continuam mais fortes, como a indústria, acabam sofrendo uma pequena queda, em função, principalmente, do processo de automação”, comentou.
Outro grupo que apresentou retração na comparação dos últimos cinco anos foi o voltado para educação, saúde e administração pública, que passou de uma participação de 10% da população ocupada em 2003, para 9,4% em 2007.“Então, nesses cinco anos, temos as seguintes movimentações no mercado de trabalho: queda na indústria, a construção praticamente não se movimentou, o comércio se mantém estável, a participação dos serviços prestados a empresa aumentou, a educação sofre uma pequena queda e a participação dos chamados outros serviços praticamente também não se alterou”, analisou o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego.