Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pela primeira vez, o Brasil irá participar do Ano Polar Internacional - programa de pesquisas científicas no Ártico e na Antártida - com a inclusão de 10 projetos apoiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). As pesquisas são propostas principalmente por universidades federais.Um exemplo é o projeto coordenado pela Fundação Rio Grande que estuda os oceanos do Hemisfério do Sul com a finalidade de entender tópicos da mudança global. O papel desempenhado pelo Oceano Austral no ciclo do carbono, na variação do gelo marinho ao redor da Antártida e seus impactos no clima regional são exemplos de temas da pesquisa.O manto de gelo antártico é o objeto de estudo coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com expedições para investigar respostas às mudanças climáticas globais. A evolução da biodiversidade na Antártida, da vida marinha e o solo do continente também estão entre os temas de pesquisas.O Ano Polar Internacional é um programa voltado para a realização de pesquisas científicas no Ártico e na Antártida. O programa é desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial e conta com a participação de 63 países que realizarão 227 projetos.Amanhã (16), desembarca na Antártida uma comitiva brasileira, com apresença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros comoSérgio Rezende, de Ciência e Tecnologia e Nelson Jobim, da Defesa. O objetivo da visita é conhecer locais onde são desenvolvidas pesquisas brasileiras nocontinente. O presidente Lula irá visitar a Estação Antártica Comandante Ferraz e também o navio oceanográfico Ary Rongel.O Brasil está presente na Antártida, desde 1982, com a criação do Programa Antártico Brasileiro, que realiza pesquisas no local.