Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Vinte e quatro milhõesde toneladas de carbono a menos emitidas pela regiãoamazônica. Essa é a diferença, segundo estudo doInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), doquantitativo da emissão do gás na região, umnúmero inferior ao que vinha sendo trabalhado pelos cientistase que equivale a duas vezes as emissões de carbono domunicípio do Rio de Janeiro, com todas as suas fábricase automóveis.O pesquisador edoutor em em Ciências de Florestas Tropicais Euler Nogueiradisse que a novidade é resultado de um projeto desenvolvidosob a coordenação do cientista Phillip Fearnside, ondeo ponto de partida foi determinar o quantitativo de gáscarbônico que é emitido para a atmosfera pela regiãodo Arco do Desmatamento (sul do Amazonas). "Osresultados mostram que os números até entãoconhecidos estão acima do que verdadeiramente é emitidopela floresta, ou seja, nosso estudo mostra que cerca de 24 milhõesde toneladas de carbono a menos estão sendo emitidas. Tambémfizemos observações nas áreas de floresta deMato Grosso, do Acre e do sul do Pará. Essa reduçãona emissão está acompanhada dos números sobre aestocagem de carbono por estado", explicou.SegundoNogueira, o trabalho realizado vai melhorar as estimativas sobre aemissão até então conhecidas pela comunidadecientífica. Os dados poderão ser utilizadas pelogoverno brasileiro para formulação de políticaspúblicas na área dos serviços ambientais nafloresta.Além disso, o estudo possibilitou um novocálculo do estoque de carbono na Amazônia. "Atualmente,considerando as condições de desmatamentocontemporâneas, existem de carbono, considerando a floresta empé, 55 bilhões de toneladas na Amazôniabrasileira. Isso é o que está estocado nas árvores",revelou o pesquisador.As novas estimativas contribuem parareduzir as incertezas que existiam quanto ao carbono originárioda Amazônia. Diante da precisão da informações,é possível informar o quanto é emitido quando afloresta é desmatada. "Foi possível mapear quantoexiste de carbono por estado, em cada um dos territórios daAmazônia. São números mais confiáveis arespeito do estoque de carbono na região", acrescentouEuler Nogueira.