Não é possível retirar famílias de áreas de risco em curto prazo, informa ministério

08/02/2008 - 16h27

Hugo Costa e Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar dos iminentesriscos de deslizamento de terras em regiões de relevoacidentado, o Ministério das Cidades admite não poderdesocupar todas as áreas problemáticas de maneirarápida. As ações do governo federal, segundo o assessor técnico da Secretaria Nacional de Programas Urbanosdo ministério, Leonardo Ferreira, estão voltadas paralevantar dados das ocupações irregulares quepossibilitem alternativas para minimizar os acidentesdurante o período chuvoso.“Não tem comoas pessoas que moram nas áreas de risco serem retiradas deimediato. Não temos como fazer a retirada de todas asfamílias. Não teríamos como reassentá-lasde forma ágil para atender um curto prazo”, afirmou.Entre as intervençõespara diminuir os riscos dos moradores de encosta, o assessor destacoua construção e limpeza de drenos, a captaçãodas águas pluviais e obras estruturais para contençãode encostas.“Nossa açãovisa mapear as áreas mais problemáticas para daío poder público local direcionar recursos para as áreasque podem ser recuperadas ou urbanizadas. Ou no caso de um eventochuvoso, nós possamos retirar as famílias antes queaconteça o deslizamento.”Segundo Ferreira, nãoexistem dados concretos sobre o número de pessoas que vivemsob condições de risco de deslizamentos. A maioria dosatingidos, entretanto, está na região Sudeste. O estadodo Rio de Janeiro, assegura o assessor, concentra cerca de metade dasmortes por acidentes relacionados a ação das chuvas emáreas residenciais.