Segundo Inesc, pouco menos de 30% dos recursos do PAC para 2007 foram liquidados

22/01/2008 - 20h54

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de o governo federal comemorar o primeiro ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o percentual dos recursos efetivamente aplicados nas obras ainda é muito baixo, avalia a assessora de Política Fiscal e Orçamentária do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça.Segundo dados coletados pelo Inesc no Siga Brasil, sistema do Senado que compila informações dos órgãos federais, somente 29,5% dos recursos previstos para o PAC em 2007 foram liquidados. Dos R$ 16,6 bilhões disponíveis no orçamento, o governo gastou efetivamente R$ 4,9 bilhões.Eliana Graça acredita que isso demonstra problemas na capacidade de execução do governo. “Realmente o PAC é mais uma demonstração de que nós temos um problema de gestão”, opina. “Quando o governo diz, que foram empenhados 97% dos recursos para mim não diz nada.”“Nem o PAC, a menina dos olhos do presidente Lula e a aposta do governo para aumentar o ritmo de crescimento do país, está conseguindo superar as dificuldades da gestão”, avalia. “Os recursos existem, mas o governo não consegue executá-los.”Um dos problemas citados por Graça é o contingenciamento (bloqueio) de recursos para a formação do superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública. “Como os ministérios responsáveis pelas obras não têm os recursos liberados, eles não podem iniciar o processo de licitação para a execução dos projetos”, alega.