Primeiro ano do PAC foi insuficiente para modernizar infra-estrutura do país, avalia CNI

22/01/2008 - 19h10

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no primeiro ano de vigência foram insuficientes para modernizar a infra-estrutura do país, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em nota divulgada hoje (22) à imprensa. A entidade elogiou a redução de impostos para investimentos, mas criticou o baixo volume de pagamentos pelo governo.Entre os avanços trazidos pelo PAC, a CNI destacou a desoneração dos investimentos em infra-estrutura e a publicação de balanços periódicos que permitiram à sociedade acompanhar a execução dos empreendimentos. Apesar da retomada do planejamento de médio e longo prazo, a confederação avalia que existem gargalos na execução das obras.Segundo o balanço divulgado hoje (22) pelo governo, os pagamentos realizados em 2007 totalizaram 44% do previsto inicialmente. “A máquina pública enfrenta dificuldades na execução de alguns projetos”, destaca o comunicado. A entidade argumenta que há desafios a serem vencidos, especialmente nas áreas de logística e energia.Para a superação desses obstáculos, a CNI recomenda ao governo aperfeiçoar o processo de licenciamento ambiental, que reduza custos e prazos para as empresas. A entidade também defende a independência das agências reguladoras, para a garantir maior segurança jurídica aos investidores, e sugeriu a intensificação das parcerias público-privadas para acelerar os investimentos do PAC.De acordo com o Comitê Gestor do PAC, 86% dos 2.126 projetos do programa estão com ritmo de execução dentro dos padrões esperados, recebendo a classificação verde. Outros 12% estão em nível de atenção (classificação amarela), enquanto 2% despertam preocupação (nível vermelho).