Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mesmo sem ter tomado posse,  Edison Lobão Filho (DEM-MA), é alvo de pedido de informações pela Corregedoria do Senado. Sobre o suplente de Edison Lobão pesam as acusações de ter usado laranjas e de ser sócio oculto de uma distribuidora de bebidas no Maranhão que teria sonegado R$ 42 milhões nos últimos oito anos, além de ter se envolvido em irregularidades no funcionamento de uma emissora clandestina de televisão no interior do Maranhão.O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), disse hoje que está tomando "providências preliminares" sobre o caso. "Estou consultando a Polícia Federal para ver se há algum procedimento investigatório, a quantas anda e se há documentos comprobatórios", disse.Tuma afirmou que vai tentar se encontrar com o secretário da Receita Federal para ter informações sobre as investigações quanto ao uso de laranjas. "Me parece que na Receita é onde corre o processo da autuação com o uso de procuração falsa [para o uso de laranjas na empresa]", disse.Tuma considerou as denúncias graves e disse que teria um "profundo desgosto" se tivesse de aconselhar seu próprio filho a não assumir um cargo político para o qual tenha sido escolhido. A afirmação faz referência ao pai de Lobão Filho, o recém-empossado ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que, na semana passada, disse que seu filho poderia se licenciar do cargo de senador depois de tomar posse para se defender das acusações.Lobão Filho estará em Brasília amanhã (23), mas ainda não há data prevista para a sua posse. "Ele pode tomar posse até durante o recesso", disse o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). "Mas ainda não fui informado oficialmente de nada", acrescentou.