Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O assassinato do ativista ambiental Mário Pádia de Oliveira que aconteceu na semana passada na cidade de Mogi das Cruzes, a 50 quilômetros da capital paulista, está praticamente descartado como crime político. As informações são do delegado titular do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Biló.Segundo o delegado, a apuração do crime está bastante adiantada. Ele evitou dar detalhes sobre as investigações alegando que as informações podem atrapalhar o andamento do caso. “Para nós é quase nula [a possibilidade de crime político], mas não podemos descartar por completo porque tem um mandante por trás. A vítima já tinha sido presa antes, teve envolvimento com pessoas dentro do sistema penitenciário e tinha sofrido um atentado antes de entrar para a ONG [organização não-governamental]”, disse Biló.De acordo com o delegado, Oliveira já cumpriu pena de seis anos e seis meses e teve passagens por roubo, porte de entorpecentes e lesão corporal dolosa.Oliveira era conhecido como “Doutor Morte”, apelido que ganhou depois que passou a se vestir com roupas pretas e com desenhos de um esqueleto, durante as manifestações da ONG Guerrilheiros do Itapeti contra a instalação de um aterro sanitário regional no Bairro do Taboão, em Mogi da Cruzes. Ele era membro da ONG e foi encontrado morto com vários tiros próximo a um lixão localizado numa estrada da cidade na quarta-feira da semana passada (9).