Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As medidas anunciadas hoje (18) pelo presidente norte-americano George W.Bush são benéficas não só para os Estados Unidos, mas para o Brasil e o resto do mundo. E “não têm contra-indicação”, assegurou o economista Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O corte de cerca de US$ 140 bilhões em impostos foi avaliado por Gonçalves como positivo. “Na realidade, mostra a gravidade da crise. Em segundo lugar, mostra que eles estão complementando as políticas monetárias. Enfim, eles estão aplicando o manual”, apontou.
As primeiras medidas tomadas pelo governo Bush, acertadamente segundo o economista, foram a expansão do crédito e a redução das taxas de juros: “E agora eles estão fazendo a desoneração fiscal. É menos aumento de gastos e mais redução de impostos, o que é muito positivo."
O pacote fiscal, acrescentou, era esperado e demorou um pouco a ser anunciado pelo governo norte-americano, "mas é uma notícia positiva para a economia mundial e principalmente para o Brasil, porque se a economia americana tem muito problema, a gente [o Brasil] acaba descarregando, porque continua muito vulnerável”.Se o pacote conseguir refrear a recessão americana, não haverá repercussão negativa para o Brasil, assegurou Gonçalves. “Pelo contrário, esse pacote só tem repercussão positiva sobre os Estados Unidos e, portanto, sobre o Brasil. É uma ótima notícia para o mundo todo. Não tem custo para o Brasil, só benefício. É uma medida padrão, de manual, tradicional, que tem 80 anos de receituário que deu certo e deve dar certo agora”, concluiu.