Setenta famílias são removidas por causa de barragem rompida em Rondônia

10/01/2008 - 13h56

Sâmia Mendes
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - Setenta famíliasribeirinhas de Pimenta Bueno (RO) foram retiradas de casa por causado rompimento da Barragem de Apertadinho, na Pequena CentralHidrelétrica Apertadinho, no município de Vilhena. Aoperação para retirada imediata dos moradores aconteceuapós o anúncio de que, com o rompimento da barragem,por volta das 14 horas de ontem (9), a vazão da águaameaçava inundar a região próxima ao RioMelgasso. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros agiram com rapidezporque existia risco de que o volume de água acumulado e aforça da água pudessem comprometer estruturas de pontese casas ribeirinhas. A região mais ameaçada fica naextensão do Rio Barão de Melgasso. Além dePimenta Bueno, as cidades de Cacoal e Ji-Paraná estão em alerta. O comandante do Corpo de Bombeiros emPimenta Bueno, sargento Marcelo Ferreira, informou que a situaçãoestá sob controle. Segundo ele, a água da barragem estásendo contida no Vale do Apertado, a 90 quilômetros da cidade.Na manhã de hoje, uma equipe foi enviada para o vale paraverificar a situação da contenção.Além disso, osargento informou que o nível do Rio Melgasso estásendo monitorado. "À meia-noite, a régua do rio[que mede o nível da água] estava em 4,54metros, e por volta das 6 horas da manhã estava em 4,49metros. Isso quer dizer que, por enquanto, a populaçãonão está correndo risco, porque somente quando alcança6,27 metros é que ocorre alagamento", explicou. Osribeirinhos que tiveram que deixar suas casas estão alojadosem escolas e ginásios. O sargento pede que eles nãovoltem para casa até que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeirosconfirmem que não existe mais risco para a população.O tenente-coronel Silvio Luiz Rodrigues, da Defesa Civil em PortoVelho, que está monitorando o problema do rompimento dabarragem, informou que funcionários do órgão jáestão sobrevoando a região para avaliar os danoscausados pela vazão da água. Segundo Rodrigues, aDefesa Civil, com o auxílio do Sistema de Proteçãoda Amazônia (Sipam), fez um levantamento desde o rompimento daBarragem de Apertadinho até a cidade de Pimenta Bueno. "Foramlevantados 31 pontos de unidades habitacionais e que serãoacompanhadas pela Defesa Civil para saber como essa massa de águadesenvolveu. A equipe vai descer e vai fazer contato com a populaçãopara saber o que ocorreu", disse. O lago da barragem temcapacidade total para 114 milhões de litros de água,segundo o Corpo de Bombeiros. A região da central hidrelétricafica cerca de 500 quilômetros da capital, Porto Velho.