Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Emendas individuais dos parlamentares ficarão fora do corte de R$ 20 bilhões a ser feito no orçamento deste ano. Essa foi a única conclusão da reunião hoje (10) entre os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, com parlamentares da base aliada.Uma outra proposta, ainda não fechada com a base aliada, é cortar pela metade as emendas apresentadas pelas bancadas estaduais e todas as emendas apresentadas por comissões. Com isso, seriam R$ 8 bilhões a menos no orçamento, já que, segundo os parlamentares, as emendas de bancadas somam R$ 12 bilhões e as de comissões, R$ 2 bilhões.No entanto, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que as sugestões colhidas foram levantadas apenas como hipóteses. "Não houve decisão, até porque era uma reunião para colher as sugestões, receber as idéias dos líderes", disse.Caberá, segundo ele, à Comissão Mista de Orçamento tomar a decisão. "É evidente que o Poder Executivo, mesmo não sendo o responsável diretamente por fazer esses ajustes, tem todo o interesse e queremos estar engajados, ajudando, assessorando e discutindo com os nossos parlamentares", ressalvou.O presidente da Comissão de Orçamento, José Maranhão (PMDB-PB) voltou a afirmar que serão utilizados critérios seletivos na escolha dos projetos a serem excluídos do orçamento, sem interferência política. "Não vamos estabelecer qualquer critério discriminatório. Vamos adotar um percentual único de corte em todos os orçamentos, tanto do Executivo como do Legislativo e do Judiciário", afirmou sem especificar a proporção dos ajustes.