Presidente do Senado defende nome de Edison Lobão (PMDB-MA) para Minas e Energia

10/01/2008 - 14h58

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), defendeu hoje (10) o nome do senador peemedebista Edison Lobão (MA) para assumir o comando do Ministério de Minas e Energia. Desde maio do ano passado, com o afastamento do ex-ministro Silas Rondeau, o cargo é ocupado interinamente por Nelson Hubner. A escolha do novo ministro ainda não foi feita oficialmente, mas o nome de Edison Lobão tem sido cotado para assumir a vaga, pertencente ao PMDB. A cúpula do partido tem reunião marcada hoje à noite no Palácio do Planalto. O encontro foi confirmado por Garibaldi Alves Filho, que deve participar da reunião juntamente com o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente Michel Temer (SP) e o senador José Sarney (AP)."Se ele [Lobão] for designado pelo presidente, acho que é um bom nome. Já foi governador, já foi senador, já assumiu inúmeros cargos públicos e não vejo motivo para que não se tenha a nomeação dele", disse Garibaldi.Ele negou que indicações para cargos públicos sejam a única forma de manter bom relacionamento entre governo e partido. "O PMDB não é esse partido que, para ter uma boa relação com o governo, tenha de ser estimulado por nomeação aqui, nomeação acolá", afirmou. "É preciso se acreditar que o PMDB é um partido que tem o direito de fazer parte da composição do governo juntamente com os outros partidos. Quanto à hora que isso possa acontecer, quem sabe é o presidente da República", acrescentou.Quanto às denúncias publicadas na imprensa de que Edison Lobão estaria sob investigação da Procuradoria-Geral da República por ter ordenado o desmatamento em um terreno de sua propriedade e que fica em uma área de proteção ambiental, em Brasília, Garibaldi disse que é preciso dar prosseguimento às investigações, mas que isso não é motivo para que a indicação de Edison Lobão ao ministério não seja confirmada. "Se toda notícia que fosse dada nas vésperas de indicação de ministro se constituísse em impedimento para o ministro assumir, acho que estaríamos sem ministro a essa altura", comentou.