Presidente de conselho diz que prevenção de saúde fica em plano secundário no Brasil

10/01/2008 - 14h51

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, defendeu hoje (10) o aperfeiçoamentodos mecanismos de prevenção, vigilância e promoção da saúde no Brasil. Segundo ele, tais mecanismos "precisam ser priorizados" e, como isso não acontece de forma adequada e continuada, o país vive, de vez em quando, situações de alarme, como a atual onda de informações na mídia sobre suspeitas de casos de febre amarela.Ao participar da durante a primeira reunião do conselho neste ano, Batista disse que, por uma questão atécultural, a prevenção é relegada a um plano secundário no Brasil, comos esforços se concentrando no tratamento da doença já instalada, o quesai muito mais caro para todos. Para Batista, a discussão em torno da febreamarela mostra mais uma vez a necessidade de fortalecer o debate com osconselhos regionais e movimentos sociais em torno da importância daprevenção e da vigilância de saúde. Ele evitou comentar oassunto, alegando necessidade de informações mais conclusivas sobre oscasos que estão sendo analisados. "De qualquer forma, isso reforça atese da necessidade de um mecanismo em que o principal sustentáculoseja a prevenção, independentemente de os casos serem confirmados. Essaé uma prova cabal de que não temos vigilância de saúde como deveriaser."