CNJ vai encaminhar relatório sobre aeroportos para Supremo e Ministério da Defesa

10/01/2008 - 16h35

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve encaminhar ainda este mês um relatório com os principais problemas dos aeroportos brasileiros à ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, e ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.O dados fazem parte de um levantamento elaborado com base nas queixas dos passageiros aos juizados especiais. Os órgãos estão instalados, desde outubro do ano passado, nos cinco maiores aeroportos do país: Congonhas e Guarulhos, em São Paulo; Tom Jobim e Santos Dumont, no Rio; e Juscelino Kubitschek, em Brasília.“Vamos convidá-los [a ministra do STF e o ministro da Defesa] para que ouçam o nosso diagnóstico. Certamente a infra-estrutura das empresas aéreas e dos aeroportos continuam sendo altamente insuficientes”, disse o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, representando o CNJ.Hoje (10), o CNJ e os responsáveis pelos juizados especiais decidiram prorrogar o atendimento nos aeroportos até o dia 31 de março. O serviço funcionaria até o dia 31 deste mês. “Pegaremos o feriado de carnaval e Páscoa, que é um período de grande demanda”, explicou o ministro.Segundo Dipp, os juizados especiais foram criados nos aeroportos para resolver um problema “emergencial” e não há condições de manter o serviço por tempo indeterminado. “Nossas estruturas não são tão grandes. Temos outras demandas.”Além disso, o ministro disse que as companhias aéreas têm preferido cada vez menos a conciliação. Os conflitos estão sendo encaminhados por meio de ações judiciais. “Tenho a impressão de que as empresas aéreas, de certa forma, se acomodaram”, criticou. Durante os três meses de funcionamento, os juizados especiais atenderam mais de 6 mil pessoas, que reclamaram de bagagens extraviadas, overbooking e problemas decorrentes de cancelamentos e atrasos de vôos.