Paula Laboissière*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou que as reféns ClaraRojas (ex-candidata à vice-presidência da Colômbia) eConsuelo Gonzáles (ex-senadora) já foram libertadas pelas Forças Armadas Revolucionáriasda Colômbia (Farc) e estão sob os cuidadosda Cruz Vermelha Internacional. A Cruz Vermelha confirmou a informação.O resgate, sob o comando de Chávez, ocorreu no inícioda tarde de hoje (10). O presidente venezuelano garantiuque conversou com as reféns e que ambas encontram-se em bomestado de saúde. Dois helicópteros da Cruz Vermelha haviam partido da Venezuela, durante a manhã, rumo ao localonde a guerrilha faria a libertação.Oexército colombiano suspendeu as operaçõesmilitares na região e cancelou amovimentação aérea no aeroporto de San José del Guaviare, próximo ao local.Ontem(9), Chávez confirmou terrecebido as coordenadas para o local de libertação das reféns. A operaçãode hoje aconteceu depois de uma tentativa frustrada de resgate, também liderada pelo presidente venezuelano, no dia31 do último mês.A Cruz Vermelha Internacional confirmou a liberação em Bogotá. Minutos antes, a tevê colombiana transmitiu ao vivo, de Caracas, a notícia, dada pelo presidente Hugo Chávez, que foi informado pelo ministro do Interior, Ramón Rodríguez Chacón, no momento em que as mulheres foram entregues por um comando da guerrilha.A agência Prensa Latina reportou que a notícia foi confirmada também pelo ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que disse que os helicópteros aterrissaram num pequeno vilarejo indígena entre as localidades de Toman Chipan e La Paz, no estado de Guaviare. Segundo ele, as forças armadas continuarão apoiando a operação e não haverá ações armadas.Momentos antes, o comissário para a paz do governo colombiano, Luis Carlos Restrepo, afirmou que Bogotá acolherá positivamente todos os gestos unilaterais das Farc se o grupo continuar entregando reféns ao presidente Hugo Chávez. Disse também que a Colômbia aceitará novas operações humanitárias com presença internacional sempre que se realizem com a devida discrição, respeito e comunicação com as autoridades do país.Uma comissão humanitária deve chegar hoje a Caracas, onde Clara Rojas e Consuelo González se encontrarão com familiares, que as esperam na capital venezuelana há semanas.(ampliada para acréscimo de informação)