Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo já começou a avaliar a distribuição de cargos em ministérios e estatais para aliados. A afirmação foi feita hoje (8) pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio. Ele não informou, entretanto, quantos cargos serão entregues e limitou-se a dizer que são “algumas dezenas” para atender demandas reprimidas em todos os estados. As nomeações foram o tema da reunião entre Múcio e os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, hoje (8), no Palácio do Planalto.Questionado se o objetivo da distribuição de cargos é facilitar a aprovação no Congresso Nacional das medidas anunciadas para compensar a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Múcio negou a hipótese e afirmou que são ajustes para manter o bom relacionamento com a base aliada. “É para manter as relações cordiais com a base, é um trabalho de rotina. Não estamos fazendo isso por conta de alguma coisa. Estamos fazendo isso porque precisamos fazer. São ajustes naturais que todo governo precisa fazer”, disse o ministro, depois do encontro com Bernardo e Dulci. "Não se tratou de nomes, mas de regras", completou.Em relação a uma possível insatisfação dos aliados por não terem sido avisados sobre o anúncio das medidas compensatórias, Múcio afirmou que a base nunca está "100% satisfeita".Sobre um novo nome para o comando do Ministério de Minas e Energia, Múcio disse que o caso está próximo de um desfecho. “Não tratamos desse assunto na reunião de hoje (8), porque é um assunto do presidente”.Desde a saída de Silas Rondeau, em maio de 2007, por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos, Nelson Hubner assumiu interinamente a pasta. A vaga deve ficar com o PMDB. Em dezembro, o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou que o presidente Lula deve divulgar o nome do novo ministro na primeira quinzena deste mês.