Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A incorporaçãode trabalhadores no mercado formal em 2007 não deveu-seexclusivamente à abertura de novos postos de trabalho. Boaparte deveu-se à regularização de trabalhadoresque atuavam na informalidade.Números consolidados até novembro pelo Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que as diligências feitas pelos fiscais do trabalhoresultaram na formalização de 690 mil trabalhadores.O resultado das auditorias trabalhistasrealizadas em 2007 demonstra que muitas empresas insistem emmanter irregular a situação de seus funcionários.No caso específico do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), foi constatada uma dívida de R$ 1 bilhão,já cobrada de 250 mil empresas fiscalizadas.Outra frente de fiscalizaçãoexecutada no ano passado foi para coibir o trabalho em situação análoga à escravidão. Os fiscais do trabalho realizaram 89 operaçõesem todo o país, libertando 4.139 pessoas. De acordo com o ministério, os trabalhadores foram indenizados em R$ 6 milhões.No que diz respeito à repressão dotrabalho infantil, a atuação dos fiscais detectou a exploração da mão-de-obra de 7,3 mil crianças e adolescentes, já encaminhados à rede de proteção social.