Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A falta decomunicação adequada pode ter sido determinante para osurgimento de protestos e de opositores à transposiçãodo rio São Francisco. A avaliação é dochefe de gabinete da Presidência da República, GilbertoCarvalho, entrevistado ontem (21) no telejornal Repórter Brasil, da TVBrasil.A greve de fomede 24 dias do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio,encerradana última quinta-feira, foi um acontecimentoemblemático para que o governo inicie ações paraampliar o diálogo com a sociedade, segundo ele.“Esseepisódio do jejum de dom Cappio, como toda a crise, traz liçõespara um lado e para o outro. Para o governo, ficou evidente que nósprecisamos ter a iniciativa de informar mais e melhor a populaçãobrasileira sobre os grandes benefícios que a interligaçãode bacias vai trazer para aquela região e, conseqüentemente,para o país”.Oaprofundamento da comunicação proposto por Carvalhodeve priorizar as lideranças de movimentos sociais. “Épreciso que a gente ative mais nossas conversas com os movimentossociais. Vi nesse processo o quanto a desinformação e amistificação permitiram que se criasse oposiçãoa um projeto que tem bases científica, social, legal e só vaifazer o bem”, afirmou.Para divulgar commais eficiência informações sobre o processode transposição, o chefe de gabinete anunciou aveiculação de peças publicitárias apartir de janeiro próximo.