Índice de segurança do brasileiro quanto ao emprego em 2007 foi o maior desde 96, diz CNI

21/12/2007 - 17h03

Daniel Mello
Da Agência Brasil
Brasília - Os brasileiros estão mais seguros quanto ao emprego neste final de ano do que nos últimos 11 anos. É o que revela o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador, que mede a preocupação com o desemprego, situou-se, no quarto trimestre deste ano, em 110,6 pontos, o maior índice desde o início da série histórica, em maio de 1996. Segundo o economista Marcelo Azevedo, da CNI, a segurança dos trabalhadores em relação ao emprego está ligada ao crescimento do mercado formal de trabalho, constatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última Pesquisa Mensal de Emprego (PME). "O emprego formal, com certeza, dá muita segurança. Mais segurança que outras situações, pelo menos", ressaltou Azevedo.Os dados da PME mostram que o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 8,2% em novembro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com Azevedo, o crescimento do mercado formal de trabalho também está ligado ao otimismo das empresas. "[As empresas] esperam, de certa forma, que seus negócios andem bem, uma vez que a economia toda está indo bem" e, por isso, estão contratando mais, afirmou o economista. Os resultados da pesquisa da CNI também coincidem com os do IBGE na questão da renda e da qualidade de vida. Enquanto o Inec mostra que metade da população acredita que a vida melhorou nos últimos dois anos, os dados da PME indicam que o rendimento da população ocupada atingiu R$ 1.143,60, com aumento de 1,3% em relação a outubro e de 2,4% em relação a novembro do ano passado. O rendimento real domiciliar per capita, de R$ 733,90, cresceu 2,8% no mês e 4,5% no ano. A projeção da CNI é que o crescimento do mercado de trabalho continue em 2008 e que haja queda em torno de 9% do índice de desemprego, em comparação com os 9,5% registrados este ano, segundo números divulgados pela própria confederação. Para 49% dos entrevistados na pesquisa do Inec, o desemprego vai diminuir ou ficar estável, enquanto 46% esperam aumento do problema. O Inec ouviu 2.002 eleitores de 141 municípios de todo o país, entre 30 de novembro e 5 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.