Grande número de idosos com mais de 100 anos é resultado de ações sociais, diz IBGE

21/12/2007 - 13h44

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O fato de o Brasil ter atualmente um grande número de pessoas com 100 anos ou mais de idade, conforme constatado na Contagem da População 2007, divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reflete o aumento da expectativa de vida da população. A afirmação é do presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, que atribui o resultado às políticas sociais que vêm sendo implementadas pelo governo.Segundo ele, o número de idosos com 100 anos ou mais de idade (segundo o IBGE, existem no país 11.422 nessa faixa etária), se a pesquisa abrangesse a totalidade das capitais brasileiras. “Esse númeroseria até maior do que o que está sendo divulgado hoje, se o IBGE efetuasse a contagem também nos 129 maiores municípios brasileiros, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, onde certamente encontraríamos outros idosos." Eduardo Nunes disse que a existência um grande número de idosos, inclusive com mais de 100 anos, é produto de uma serie de medidas e políticas sociais que vêm sendo adotadas no país e que vem aumentando a expectativa de vida da população. "O avanço da medicina é o melhor sinal delas.”A Contagem da População 2007 foi realizada em 5.435 municípios com até 170 mil habitantes e em mai 21 municípios  localizados em estados onde apenas um ou dois excederam tal limite populacional.Do total de 11.422 idosos com 100 anos ou mais constatados pela pesquisa do IBGE, 7.950 são mulheres e 3.472, homens.Entre os 20 municípios pesquisados pelo IBGE que concentraram a maior quantidade de idosos com mais de 100 anos, os destaques foram São Luís, que tem 144 pessoas nessa situação; Natal, com 118; Maceió, com 93; e Manaus, com 89.De acordo com o estudo, a população brasileira cresceu a uma média anual de 1,21% nos últimos sete anos. Em 2000, eram 169,799 milhões de habitantes, número que subiu para 183,987 milhões de habitantes neste ano.As maiores taxas de crescimento foram observadas nas Regiões Centro-Oeste e Norte, com destaque para o Amapá, de 3,17% ao ano. O menor percentual de crescimento por ano foi verificado no Sul, com 0,95% - o Rio Grande do Sul aparece como o estado de menor índice entre todos: 0,57%.O declínio da taxa de fecundidade e a conseqüente redução do tamanho das famílias, segundo a pesquisa, provocou também um declínio na média de moradores por domicílio. Em 2000 havia 77 municípios com média inferior a 3 moradores por domicílio no país, número que subiu para 250 municípios este ano.  Os 5.435 municípios incluídos na Contagem da População correspondem a 97% dos municípios brasileiros, com o recenseamento de 108,7 milhões de pessoas – o equivalente a 60% da população estimada, residente em 30 milhões de domicílios (57% do total existente no país).