Receita e Polícia Federal fazem operação de combate ao contrabando de bebidas

19/12/2007 - 12h49

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Receita Federal do Brasil e a PolíciaFederal realizam hoje (19) a operação Al Capone nos estados de SãoPaulo, Ceará e Pará, de combate ao comércio ilegal de bebidas, produtos eletrônicos e de materialde informática. Às 16h (17h hora de Brasília), na sede da PolíciaFederal em Fortaleza, haverá entrevista coletivacom representantes dos órgãos responsáveis pela operação.Segundo nota da Receita, a bebida ilegal, principalmente uísque, chegava ao país por duas rotas. Uma parte vinhado Suriname, entrava no Brasil pela foz do Rio Amazonas até Abaetetuba,a cerca de 80 quilômetros de Belém. De lá, era distribuída principalmente para a Região Nordeste, camuflada em caminhões carregados deprodutos como madeira. A outra rota de entrada tinha origem no Paraguai, via Foz do Iguaçu, de onde eradistribuída para o mercado da Região Sudeste, principalmente São Paulo.Para dar aparência de legalidade à comercialização interna das bebidas,os distribuidores utilizavam-se de selos fiscais, rótulos e contra-rótulosfalsos, obtidos de indústrias gráficas de São Paulo.Estão sendo cumpridos 37 mandados de busca eapreensão e 21 de prisão, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federaldo Ceará. As buscas são feitas nas casas dos principaisenvolvidos no esquema, nas gráficas em São Paulo onde ocorre a falsificaçãodos selos, bem como nos depósitos, armazéns e estabelecimentos comerciaisque estariam comercializando as bebidas.A operação envolve cerca de 60 auditores fiscais e 180 policiaisfederais.  participam da ação. O nome da operação foi inspirado no gângster que comandou o contrabando de bebidas Chicago durante a vigência daLei Seca, que proibia o comércio de bebidas alcoólicas. A nota informa também que durante as investigações foi detectado um esquema de contrabando de produtos eletrônicos e de material deinformática, procedentes de Miami, EUA, com destino a Fortaleza, Manause Belém. A Receita e a Polícia já haviam realizado operação conjunta noaeroporto de Fortaleza em janeiro, quando foram apreendidos cerca de 450 quilosem mercadorias como notebooks e microprocessadores, avaliadas em mais deR$ 300 mil.