Presidente do Senado defende adiamento do debate sobre construção de anexo

19/12/2007 - 14h03

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), defendeu o adiamento das discussões sobre a construção de um novo anexo na Casa, no valor de R$ 141 milhões. O assunto seria avaliado hoje (19) durante reunião da Mesa Diretora, cancelada por causa do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Garibaldi e integrantes do PMDB, no Palácio do Planalto.“Acho que podemos adiar isso [a discussão sobre a construção do anexo]. É uma coisa que ainda vai se negociar. Se me permitem, acho que vocês devem esquecer isso e passar a tratar de outras coisas”, disse Garibaldi a jornalistas.Mesmo com a necessidade de o governo cortar gastos no orçamento para compensar as perdas com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a partir de 1º de janeiro, o primeiro secretário da Mesa, senador Efraim Morais (DEM-PB), defendeu a construção do novo prédio. "Dará mais conforto para as comissões, os senadores e as pessoas que aqui freqüentam", destacou.Segundo o senador, as obras não irão gerar gastos extras para a Casa. Os recursos, de acordo com ele, virão da venda da folha de pagamento dos funcionários do Senado. "O Banco do Brasil já nos fez uma proposta de R$ 140 milhões podendo ser reajustada, mas vamos optar mesmo por colocar vender a folha de pagamento por meio de pregão."Efraim Morais afirmou ainda que a construção servirá de exemplo "como orçamento enxuto" e que o Senado está apenas fazendo o que outros órgãos públicos já fazem. "Todos os órgãos já estão vendendo suas folhas de pagamento e o Senado é o único órgão público em Brasília que, até agora, não fez o seu anexo. Estamos apenas dando continuidade a isso", completou.