Lula determinou que ajustes devem ser feitos consultando a base e a oposição, informa Jucá

19/12/2007 - 13h53

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva determinou hoje (19) aos ministros daFazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, que osajustes na economia para compensar o fim da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)"sejam feitos em comum acordo com a base parlamentar do governo e aoposição no Congresso Nacional".A informaçãofoi dada pelo líder do governo no Congresso, senador RomeroJucá (PMDB-RR), ao final da reunião do presidente com aequipe econômica e lideranças políticas, noPalácio do Planalto. "A determinaçãodo presidente é de que não haverá pacote nemmedidas de sobressalto para nenhum tipo de ampliação dacarga tributária. Teremos um final de ano tranqüilo, semcortes, sem pacote, semsobressaltos na economia, sem nenhum tipo de medida que possaintranqüilizar a sociedade", afirmou o líder. O senador informou quea reunião foi dividida em duas partes. Na primeira, opresidente e os ministros da área econômica fizeram umaavaliação do bom momento que o Brasil vive, comnotícias positivas da economia e do crescimento do ProdutoInterno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas no país. A segunda parte doencontro, segundo Jucá, foi dedicada à discussãodos efeitos da não-aprovação da CPMF, quedeveria render cerca de R$ 40 bilhões aos cofres públicosem 2008.Romero Jucáinformou ainda que o presidente Lula determinou aos ministros Mantegae Paulo Bernardo que analisem onde será possívelcortar. O presidente, de acordocom o líder, reafirmou a necessidade do governo, o Congresso ea sociedade retomarem a discussão da reforma tributáriaa partir de fevereiro.Jucá disse quehá disposição de todos nesse sentido. "Omomento é excelente para se construir outra proposta que leveà simplificação do processo tributário eà conseqüente redução da carga fiscal”.O senador admitiu, noentanto, que o governo tem consciência que "simplificar oprocesso tributário não é fácil", emvirtude da demanda de interesses de cada estado. Mas ele acha que ogoverno e o Congresso têm condições de encontrarsoluções negociadas. De acordo com Jucá,o governo entende que havendo simplificação tributáriaas pessoas pagarão menos impostos, com a possibilidade de searrecadar mais “porque com a simplificação fica maisfácil fiscalizar".