Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), reconheceu hoje (19) que o governo tem poucoespaço para fazer cortes no Orçamento Geral da União, que deverão ser feitos por causa do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)."O discurso do corte tem que ser bem calibrado". As possibilidades de cortes sãopequenas, porque o governo investe e tem gasto em obras e políticas essenciaispara o país.Como podemos fazer cortes na saúde, na educação, por exemplo?",questionou.A prorrogação da CPMF até 2011 foi rejeitada na madrugada do último dia 13, pelo Senado Federal. O tributo termina em 31 de dezembro. Com isso, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 40 bilhões, segundo a expectativa para 2008.Assim como a ministra chefe da Casa Civil, DilmaRousseff, o deputado disse que o governo vai preservar osinvestimentos em infra-estrutura e nos programas sociais. "Vamos fazer um enorme esforço parapreservar os investimentos em infra-estrutura, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], porque não podemos ter gargalos de infra-estrutura daqui a um ano,dois anos. O país quer crescer 5% ou mais nos próximosanos, e não vamos reverter uma política de distribuiçãode renda que está dando certo". Na segunda-feira (17), o relator geral doorçamento, José Pimentel (PT-CE), afirmou que anunciará os cortes no orçamento apenasem fevereiro. Antes, ele vai ouvir representantes dostrês poderes, que farão sugestões de onde devemser feitos os cortes.