Autoridades garantem o fornecimento de material nuclear para exames médicos

19/12/2007 - 19h57

Daniel Mello
Da Agência Brasil
Brasília - O superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Cláudio Rodrigues, garantiu hoje (19) que até o fim do ano a distribuição de tecnécio, material radiotivo utilizado em exames médicos, estará normalizada."Nós vamos chegar ao fim de dezembro produzindo normalmente geradores de tecnécio para todas as clínicas e hospitais desse país," afirmou o superintendente.No ínico de dezembro houve uma redução no número de cintilografias (exame que permite o diagnóstico do câncer, problemas renais e cardíacos) por falta de tecnécio. Isso aconteceu por causa de problemas com a empresa canadense fornecedora de molibidênio, matéria-prima necessária para a produção do material radioativo.A empresa canadense teve de interromper a produção em virtude de exigências da Comissão de Segurança Nuclear do Canadá. E, segundo o superitendente do Ipen, não havia outra companhia no mercado mundial capaz de fornecer a matéria-prima para o Brasil. Para Rodrigues, os problemas já foram superados e o fornecimento do material para o país está sendo normalizado.De acordo com o representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Odair Dias Gonçalves, o Brasil não possui condições de fabricar o molibidênio, pelo alto custo e por questões de segurança nuclear internacional.Os esclarecimentos foram feitos hoje (19) em audiência pública na Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde do Senado, que tinha como objetivo discutir a falta de tecnécio nas clinícas e hospitais brasileiros.