Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar, pormeio da Lei Rouanet, R$ 255 mil para a elaboração de umlivro de arte que contará as duas décadas de históriado grupo Nós do Morro, da comunidade do Vidigal, no Rio deJaneiro. Entidade sem finslucrativos, o Nós do Morro já atendeu quase dez miljovens da comunidade, localizada no Morro do Vidigal, em SãoConrado, na zona sul da cidade. O fundador e diretor dogrupo teatral, Gutti Fraga, informou que atualmente 1.500 jovens eadultos participam das oficinas para formação de atorese técnicos em artes cênicas no Casarão, na sededas atividades do grupo, e as quatro células instaladas emcidades do interior do estado.A gerente doDepartamento de Cultura do BNDES, Isis Pagy, explicou que o bancopara financiar projetos culturais se preocupa com a inclusãosocial. “O Nós do Morro já foi financiado pelo bancoem 2003 para um projeto de inclusão social. Então, arazão de nós termos patrocinado o livro, quedificilmente nós fazemos, porque o nosso patrocínio émuito voltado para a restauração do patrimôniohistórico, foi pelo trabalho dele na comunidade e tambémpor já ter feito um projeto conosco, que foi um sucesso”,disse. Os recursos do BNDESsão a fundo perdido e têm origem em parte do lucro dainstituição. O livro terá tiragem mínimade três mil exemplares, dos quais 50% serão distribuídosgratuitamente para formadores de opinião e instituiçõespúblicas de todo o país, como bibliotecas,universidades, museus e centros culturais. Os restantes 50% serãocomercializados com preço abaixo do mercado de livros de arte.A arrecadação será destinada ao grupo. A publicaçãoserá acompanhada de um CD-Rom com imagens das peçasencenadas pelo grupo e filmes com a participação dealunos do projeto.O diretor Gutti Fragaenfatizou a integração entre as pessoas da comunidade eo trabalho profissional do grupo. “O grande barato éque a gente pode estar hoje no mercado de trabalho, no circuitoprofissional, e estar sempre atuante na base, como sempre foi, dacomunidade”.