Presidente do Senado afirma que vai lutar para votar reforma tributária até julho

14/12/2007 - 9h22

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Congresso Nacional terá pouco tempo para analisar a proposta de reforma tributária que deve ser encaminhada pelo governo. O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), avalia que, por causa das eleições municipais em outubro do ano que vem, a proposta do governo "só deverá avançar", no máximo, até julho. "Vamos lutar para que ela seja votada no primeiro semestre. No segundo, com clima de eleição, será impossível", disse.A reforma tributária será uma das prioridades da Casa depois que, na madrugada de ontem (13), o governo perdeu a votação que prorrogaria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A rejeição da proposta fez o governo federal perder os R$ 40 bilhões anuais arrecadados com o imposto.Garibaldi destacou que a preocupação agora é com a inflação. "Os R$ 40 bilhões vão ficar nas mãos da população, mas não podemos nos esquecer de que ficará, também, nas mãos dos empresários. Me preocupo com o aspecto inflacionário. O Brasil não pode abrir mão de uma política antiinflacionária", ressaltou.Ontem, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que o partido está aberto para negociar com o governo a redução da carga tributária, desonerações e mais recursos para a saúde, inclusive com a volta da CPMF. Para isso, a arrecadação do imposto teria de ser integralmente aplicada na saúde e o tributo vigoraria somente até a aprovação da reforma tributária.O presidente do Senado alertou que é preciso resolver esse "impasse sem que redunde em sacrifícios para a população e corte nos investimentos sociais". "Esse acordo [de aprovar a CPMF] que não saiu, pode ser que agora saia. Estou pronto para colaborar", disse.