Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A decisão de retomar as negociações em torno de novas medidas paracompensar a eventual prorrogação da cobrança daContribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) foi uma determinação do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, feita na reunião de ontem (12) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.A informação édo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que ontem participou de reuniões paralelas no Palácio do Planalto, também para discutir o assunto.Segundo ele, o presidente"orientou" a equipe econômica a intensificar asnegociações com a base aliada. Hoje (13), os líderes do governo no Senado se reuniram com Mantega e com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.No encontro, o governo concordou em reduzir progressivamente a alíquota da CPMF até 2011 e em isentar quem ganha até R$ 2.894 mensais do impostoreferente à contribuição previdenciária.De acordo com Mercadante, a isenção significará uma desoneraçãode R$ 23 bilhões em quatro anos e atingirá 35 milhõesde brasileiros.O senador lembrou que existe um projeto de lei do líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO) que trata justamente dessa isenção. Ou seja, uma vez prorrogada a CPMF, a isenção poderia acelerada estabelecendo-se um regime de urgência na votação desse projeto.Mercadante se disse confiante de que as propostasapresentadas hoje vão unificar a base de apoio do governo no Senado,que soma 53 parlamentares. A Poposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a CPMF até 2011 precisa de no mínimo 49 votos para ser aprovada.