Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDBno Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou, hoje (5), quehá uma "indisposição muito grande"entre os tucanos em aceitar um acordo com o governo para aprovar aprorrogação, até 2011, da cobrança daContribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF).Ele é um dosinterlocutores do partido nas negociações com a áreaeconômica e informou ter passado todo o fim de semanaconversando com colegas sobre a possibilidade de fechar um acordo.O peessedebista aguardauma resposta formal do governo às reivindicaçõesapresentadas na semana passada. Em entrevista à AgênciaBrasil, Virgílio disse ter conversado por telefone com olíder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), eque este o convidou para uma conversa ainda hoje para tratar doassunto."O Romero me pediupara, assim que eu chegar em Brasília, lhe telefonar",afirmou. O líder do PSDB está em Manaus e deve chegar àcapital federal por volta das 22 horas.Na reunião daExecutiva Nacional do partido, prevista para amanhã (6), às19 horas, o líder tucano descartou qualquer possibilidade de oPSDB liberar a bancada de senadores para a votação daproposta de emenda à Constituição (PEC). "Nãotem chance, isso ficaria ruim para o partido e ajudaríamosdesnecessariamente o governo", afirmou.Arthur Virgílionegou que os senadores e membros da Executivo Nacional estejam sobpressão de governadores tucanos, como o mineiro AécioNeves e o paulista José Serra, por um acordo com o Executivoem troca de medidas que atenderiam a pleitos estaduais. "O Serraestá no exterior e há oito dias eu não conversocom o Aécio", comentou. Já a governadora do RioGrande do Sul, Yeda Crusius, por exemplo, já se manifestoufavorável a prorrogação da cobrança daCPMF.O vice-lídertucano no Senado, Álvaro Dias (PR), dá como certa arejeição, pela Executiva Nacional, a prorrogaçãoda cobrança da CPMF. Segundo ele, os membros da DireçãoNacional do partido e os deputados federais já se manifestaramfavoráveis a um fechamento de questão pelo PSDB.Dias ressaltou que aquestão será decidida amanhã, às 13horas, na reunião da bancada de senadores. "A reuniãoda Executiva Nacional será apenas homologatória",completou.