Tião Viana reconhece que governo terá mais dificuldades para negociar CPMF com PSDB

05/11/2007 - 14h47

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente interinodo Senado, Tião Viana (PT-AC), reconheceu hoje (5) que ogoverno federal terá "um pouco mais de dificuldade"no processo de negociação com o PSDB para aprovar aprorrogação até 2011 da ContribuiçãoProvisória sobre a Movimentação Financeira(CPMF).Segundo ele, isso sedeve "ao endurecimento" da bancada tucana na Câmara edo Diretório Nacional, que não querem o acordo. Para Viana, osinterlocutores do governo terão que ter "paciênciae um trabalho intenso para construir o resultado no Senado. Mesmo comas pressões internas de parte dos tucanos para fechamento dequestão contra a prorrogação da cobrançada CPMF, o presidente interino do Senado considera que ascondições para o entendimento estão postas e "apossibilidade para o entendimento é grande". Tião Vianalembrou que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, jáapresentou a defesa pela aprovação da PEC e outrosgovernadores querem achar um caminho para o entendimento.A primeira proposta daárea econômica foi feita na semana passada a senadoresdo PSDB pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O PSDB fezsuas contra-argumentações, e agora nós vamos verpor onde se constrói o entendimento", disse TiãoViana. O petista considera quea participação dos governadores peessedebistas nestasdiscussões pode ajudar no processo de negociaçãoque permita aprovar, no Senado, a proposta de emenda àConstituição (PEC). "Os governadoresentram neste diálogo porque têm interesse nesse tipo dematéria, no que significa isso para a vida de seus estados",afirmou. Para o parlamentar, aoinserir os governadores neste debate o Congresso dá um sentidomais amplo às conversas. “Amplia-se a visão de CPMFpara uma visão de reforma tributária".