Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, manifestou otimismo com relaçãoà Rodada Doha, para a liberalização do comérciomundial. Segundo Amorim, a rodada, iniciada em 2001, no Qatar, poderáser concluída ainda este ano, mas o sucesso nas negociaçõesdependerá de concessões maiores por parte dos EstadosUnidos e da União Européia.“Mesmo que a RodadaDoha não seja concluída este ano, é possívelchegar a um bom termo dentro de um ano ou um ano e meio. Estamosmuito próximos, e falta um pouquinho de vontade políticapara chegarmos até o resultado final”, disse Amorim.O ministro lembrou quetrês pontos, que formam um triângulo básico dodiretor-geral da Organização Mundial de Comércio(OMC), Pascal Lamy, são essenciais para um acordo: o fim dossubsídios à agricultura, praticados principalmentepelos Estados Unidos; o acesso aos mercados agrícolas, queestaria sendo dificultado pela União Européia, e aabertura aos produtos industriais, que cabe aos países emdesenvolvimento.“O triângulonão pode ser equilátero [três lados iguais].Tem que ser isósceles [dois lados iguais], e os doislados maiores têm que corresponder à UniãoEuropéia e aos Estados Unidos. Essa é aproporcionalidade que procuramos”, afirmou.Após participarhoje (5) da abertura da 2ª Conferência Nacional dePolítica Externa e Política Internacional, o ministroCelso Amorim informou que o presidente Luiz Inácio Lula daSilva irá marcar encontro, provavelmente este ano, com opresidente da Bolívia, Evo Morales, para discutir apossibilidade de retomar os investimentos em energia naquele país.Amorim disse ainda quecom taxas de crescimento em torno dos 5% ao ano, o Brasil iráprecisar de mais energia, proveniente de vários lugares. “Omelhor é que essa oferta venha do Brasil e de países daAmérica do Sul”.