Jovens são executados ao sair de casa de shows na Baixada Fluminense

04/11/2007 - 18h41

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Três jovens foram mortos em São João de Meriti (RJ), na Baixada Fluminense, após saírem da casa de espetáculos Via Show, na madrugada de sábado (3). Os assassinatos ocorreram quatro anos depois de outra chacina que vitimou quatro rapazes, mortos depois de saírem da mesma casa de espetáculos, em 6 de dezembro de 2003.Os corpos dos irmãos Alexandre da Silva, 25 anos, e Fábio da Silva, 26, e de José Diego de Oliveira Alencar, 21, foram encontrados baleados próximo ao centro da cidade.O deputado estadual Marcelo Freixo (P-SOL), integrante da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), considerou grave o registro de mais uma chacina na Baixada e disse que vai acompanhar pessoalmente as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público na tentativa de elucidação do caso.Freixo lembrou que é a segunda vez que a casa de espetáculos tem seu nome envolvido em uma matança de jovens. Em 2003, no crime que ficou conhecido como Chacina do Via Show, quatro jovens – Renan Medina Paulino, 13, Rafael Medina Paulino, 18, Bruno Muniz Paulino, 20, e Geraldo Sant´Anna, 21 - foram assassinados por policiais militares que faziam a segurança do estabelecimento.“É lamentável que, mais uma vez, em circunstâncias muito semelhantes, jovens percam a vida. É preciso investigação e espero que a Polícia Civil e o Ministério Público possam agir rapidamente e dar uma resposta a essas famílias e à sociedade. Saber se realmente há envolvimento dos seguranças. Não interessa se houve briga ou não, pois a segurança privada não pode fazer justiça pelas próprias mãos.”Segundo o deputado, o caso vai ser acompanhado pela Comissão dos Direitos Humanos da Alerj, que vai cobrar resultados. “O poder público tem que investigar, seja em quem chegar. Se chegar em um político influente na região, que chegue, pois é inaceitável que a justiça seja feita dessa forma violenta e brutal.”A assessoria de comunicação da casa Via Show foi procurada, mas os telefones celulares que constam na página da empresa não responderam às chamadas.