Raphael Ferreira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Umamulher infectada pela bactéria intestinal Enterococcos morreu na madrugada de hoje (22) no Hospital Geralde Bonsucesso (HGB). Esse é o sexto paciente infectado pela bactéria que morre no hospital. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, as mortes não têm relaçãocom a Enterococcos, mas com o agravamento das doenças que causaram ointernamento desses pacientes. Vinte e duas pessoas com a bactériacontinuam internadas e isoladas no hospital. Mas, de acordo com a assessoria, nenhuma delas desenvolveuinfecção.Atéhoje, o hospital realizou 419 exames, entre novos erepetidos, para diagnosticar a presença da Enterococcos. Das 46 pessoascontaminadas desde a constatação do primeiro caso, uma foitransferida para o Hospital Estadual Ari Barroso, em Niterói, outras 17receberam alta e seis morreram.Odiretor do departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde,Mario Bueno, afirma que o órgão acompanha a contaminação no hospitaldesde o primeiro caso, antes da divulgação na imprensa."Estamos cientes de todos os procedimentos que foram adotados e seguindoas informações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. O corpoclínico do hospital também teve conhecimento dos casos desde o início,assim como membros da comunidade do entorno do hospital que participamda Comissão de Gestão Participativa da unidade".Segundoo médico infectologista do Hospital Universitário do Fundão Fernando Cardoso, aEnterococcos vive no intestino humano e só se torna um problemaquando sofre mutações pelo uso excessivo de antibióticos, pois ela ficaaltamente resistente. Ele diz que a população não precisase preocupar com a bactéria: "O risco para a população é virtualmentezero. Ele existe apenas para os doentes internados no hospital,principalmente os gravemente enfermos. A Enterococcos é uma bactéria oportunista, que não é agressiva mas é altamente resistente".O setor de Emergência do Hospital Geral de Bonsucesso está restrito a pacientes com risco de morte, por tempo indeterminado.