Fabíola Ortiz
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O programa BolsaFamília, que atende por meio da transferência de rendacerca de 11 milhões de famílias residentes em todos osmunicípios brasileiros, ainda não consegue beneficiartodos os grupos que estão em situaçãode risco ou de extrema pobreza. O alerta é feito pelaorganização não-governamental Açãoda Cidadania, Contra a Fome, a Miséria e pela Vida que, há15 anos, denuncia o problema da fome no Brasil. "Infelizmentealgumas famílias que têm direito ao benefício doBolsa Família ainda não conseguiram ser acessadas peloPoder Público”,afirmou o coordenador da entidade João Guerreiro.“Nós nãoqueremos substituir o poder público e, sim, reclamar da faltade acesso das famílias a esse direito", defendeu. No Rio de Janeiro, aentidade desenvolve um projeto de conscientização sobreos direitos de quem pode participar do programa Bolsa Família.Guerreiro enfatiza que, no estado, o mapa da fome estálocalizado em áreas de favelas com alto índice deviolência na capital e na baixada fluminense. Somente no estadodo Rio de Janeiro, a Ação da Cidadania conta com maisde 800 comitês para cadastrar o perfil das famílias queestão excluídas do programa social Bolsa Família.A ONG Açãoda Cidadania, Contra a Fome, a Miséria e pela Vida atua namobilização da sociedade civil na luta contra a fome ea miséria e contribui para a promoção depolíticas públicas que visem a inclusão social.Hoje (16) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação,em referência à criação da Organizaçãodas Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação(FAO). O tema deste ano é o Direito à Alimentação.A data é reconhecida em mais de 180 países e tem ointuito de mobilizar a sociedade civil a fim de combater a fome e apobreza.