Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de estender a fidelidade partidária aos cargos majoritários (senadores, prefeitos, governadores e presidente da República). O senador, que saiu do DEM e foi para o PTB no início do mês, pode ser um dos prejudicados pela medida."Não posso impedir que o Tribunal tome uma atitude que, infelizmente, se coloca no lugar do Legislativo", disse Tuma. "Temos de ter uma atitude de coragem e de respeito ao cidadão que votou na nossa pessoa", acrescentou o senador, que pretende se defender caso tenha de perder o mandato por causa da decisão.Romeu Tuma afirmou que tem "argumentos bons e jamais tomei atitudes acovardadas". O senador disse que mudou de partido por não concordar mais com as posições tomadas pelo DEM, especialmente em seu estado. "O partido é uma associação, não pode tomar decisões monocráticas. Tentei aliviar a decisão ditatorial do partido em São Paulo".A mudança de legenda se deve à disputa política pela vaga do Senado nas próximas eleições. Romeu Tuma pretende concorrer ao cargo de senador, mas o DEM decidiu apresentar outro candidato em seu lugar.