Secretário de Goiás desmente pedido de parte do orçamento do Distrito Federal

27/09/2007 - 21h08

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após a reunião com representantes do Distrito Federal e do Ministério da Justiça para discutir a ação da Força Nacional, osecretário de Segurança Pública do estado deGoiás, Ernesto Roller, desmentiu que tenha pedido 10%dos R$ 6 bilhões que o DF recebe da Uniãopara segurança, educação e saúde. Noentanto, a afirmação foi feita pelo própriosecretário há uma semana.Na última sexta-feira(21), em entrevista à Agência Brasil, o secretáriodisse que “o Distrito Federal conta com recursos da União atravésde fundo constitucional em virtude de ser a capital da República"."O entorno não recebe absolutamente nada de tratamento similar.Nós queremos que haja na presidência da repúblicae no Congresso nacional a medida legislativa que possibilite que oestado de Goiás receba 10% desse valor”, explicou à época.Hoje, o secretário de Segurança Pública doDistrito Federal, Candido Vargas, ironizou o pedido. “É um bomgosto de Goiás, né? É claro que éimpossível. Isso é definido pela Constituição,é Fundo Constitucional. Agora se Goiás lutar com forçapolítica e conseguir, no Congresso, um fundo pra eles,maravilhoso”. Posteriormente, Ernesto Roller disse: “Eu ouvi alguns setores dizendo que oestado de Goiás quer 10% dos recursos do Distrito Federal.Isso não é verdade”.Naentrevista à Agência Brasil, na semana passada, o secretário deGoiás disse explicou que “o entorno divide com o DF emlinhas imaginárias". "Então, a realidade sócio-econômicaé muito parecida. O problema [da violência] se agrava acada dia. Então é necessário que haja um suportesubstancial de recursos e o mesmo tratamento”, disse.ErnestoRoller contou ainda, na semana passada, sobre divergênciassobre órgãos de segurança pública deGoiás e Distrito Federal. “Há uma disputa porinformações. A região do entorno só perdepara o entorno do Distrito Federal no quesito homicídio. Todosos [demais] números são menores”. Apesar da primeira reunião conjunta sobre a ação da Força Nacional, não foi apresentado nenhum dado de consenso sobre a violência na região.