Pistas de Congonhas começam a operar hoje com áreas de escape

15/09/2007 - 0h41

Flávia Albuquerque*
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, começou a operar hoje (15) com as pistas de pouso principal e auxiliar mais curtas, para a criação de áreas de escape. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a pista principal sofreu, em cada cabeceira, redução de 150 metros, passando de 1.940 para 1.640 metros. Já a pista auxiliar sofreu uma diminuição de 120 metros em casa extremidade e passou de 1.435 para 1.195 metros. A medida foi determinada quinta-feira (13) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim,  depois de constatada a necessidade da criação de áreas de escape nas pistas de pouso do aeroporto, onde, no dia 17 de julho, ocorreu um acidente com o Airbus A320 da TAM no qual morreram 199 pessoas. O objetivo é aumentar a segurança nas áreas de pouso do aeroporto. A Infraero informou que já iniciou um estudo para viabilizar as mudanças. Segundo a empresa, as marcas visuais ainda não foram feitas nas pistas, mas isso não impede que os pilotos respeitem essa demarcação. De acordo com a empresa, as companhias aéreas já adequaram suas aeronaves à nova determinação, o que facilita para que os pilotos respeitem esse limite nas pistas. As obras para realização das marcas visuais deverão ser feitas após licitação e ainda não há data prevista para seu início.

No primeiro dia de operação com as pistas de pouso e decolagem reduzidas, o Aeroporto de Congonhas está funcionando normalmente. A Infraero informou que, entre as6h e as 12h de hoje (15), nenhum vôo registrou maisde uma hora de atraso. Das 83 decolagens programadas para esta manhã,nove foram canceladas.

De acordo com a Infraero, o grooving (sulcosque permitem o escoamento da água da chuva) nas cabeceiras da pistaprincipal ficou pronto na madrugada de hoje. Desde o dia 8 deste mês, Congonhas voltou afuncionar em seu horário normal, das 6h às 23h.

Mesmo coma conclusão do grooving, a determinação de que a pista principal sejafechada para grandes aviões comerciais em dias de chuva continua emvigor. Segundo a Infraero, compete à Agência Nacional de Aviação Civil(Anac) inspecionar a pista principal e liberá-la. Já pista a auxiliar, com a redução daárea operacional, não receberá mais aviões de grande porte,das categorias 3 e 4.