Médicos alertam população pernambucana para prevenção de câncer linfático

15/09/2007 - 13h47

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Médicoshematologistas e representantes da AssociaçãoBrasileira de Linfoma e Leucemia passam o dia de hoje (15) no Parqueda Jaqueira, orientando a população da capitalpernambucana sobre os cuidados necessários para evitar olinfoma, quinto tipo de câncer mais comum no mundo.

O Dia Mundial de Conscientizaçãosobre Linfoma e Leucemia está sendo lembrado em mais setecidades brasileiras e de 20 países, incluindo Alemanha,Inglaterra, França e Portugal, com a finalidade de alertar apopulação sobre a importância do diagnósticoprecoce para obtenção de sucesso no tratamento daenfermidade que acomete o sistema linfático.

Segundo a hematologista Rosa Arcuri,a campanha educativa é importante, porque uma pesquisa recenteindicou que apenas 12% da população brasileira têmconhecimento da patologia. ”O linfoma é uma doençaque acomete os gânglios linfáticos, existentes noorganismo, fazendo surgir ínguas indolores nas regiõesdo pescoço, virilha, axila, abdômen e mediastino, ouregião entre os pulmões. É importante fazer ainvestigação o quanto antes”, afirmou a médica.

De acordo com ela, os sintomasiniciais da doença estão associados a febre, suor,perda de peso e coceira.

Rosa Arcuri disse ainda que existemsituações onde a incidência de linfoma émaior, como em comunidades agrícolas que usam hebicidas nalavoura, além de outros indivíduos portadores deinfecções não tratadas. “Pacientes infectadospelos vírus  HIV, HTLV e pela bactéria H Pylorique não receberem medicações adequadas podemdesenvolver o linfoma de estômago com maior facilidade”,acrescentou.

A aposentada pernambucana MariaZuleide Félix, de 74 anos, que teve a doença háseis anos, fez tratamento com quimioterapia e ficou curada, disse quefoi ao Parque da Jaqueira para se atualizar sobre a enfermidade.”Tive a doença, fiz tratamento sério e doloroso, jáque senti vários reações à medicação,mas consegui superar e me sinto curada, embora ainda esteja emobservação”, contou a aposentada.

Maria Zuleide disse que, quando sabeque existe qualquer orientação médica sobrecâncer de linfoma, interessa-se em participar, na tentativa deconseguir algum remédio para melhorar seu estado imunológicoporque ficou com problema de equilíbrio locomotor.

 Dados do Instituto Nacional doCâncer (Inca) indicam que 3.174 pessoas morrem por ano noBrasil em conseqüência do câncer linfático.