Vistoria em pista de Congonhas continua sem solução entre Infraero e Anac

11/09/2007 - 15h02

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Anecessidade de uma nova vistoria na pista principal do Aeroporto deCongonhas, após a conclusão do grooving (ranhuras napista para facilitar o escoamento da água e a frenagem), aindanão tem uma solução. Desde a semana passada, aEmpresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)apresentam versões diferentes sobre a responsabilidade sobre avistoria.Ontem (10), opresidente da Infraero, Sérvio Gaudenzi, disse que jáencaminhou ofício à Anac comunicando àinstituição do término das obras e solicitandouma nova vistoria para liberar ou não a pista para pousos emdias de chuva. Na semana passada, a assessoria da Anac disse que acompete a Infraero apresentar as informações relativasàs condições da pista e que . Tambémafirmou que, como a execução do grooving nãoacarretou alterações nas características físicasda pista (como comprimento, suporte de pavimento e outros), nãoé necessário homologá-la.Hoje (11), emdepoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, osuperintendente de Segurança Operacional da Anac, MarcosTarcísio Marques dos Santos, disse que uma nova homologaçãonão seria necessária. Apesar de reconhecer que nãoé sua área de atuação dentro da agênciareguladora, Santos disse que obras de reforma ou manutençãodispensam uma nova homologação.“O conhecimento queeu disponho é que só se faz a liberaçãode uma pista através de um procedimento de homologaçãoquando se tem questões dimensionais afetadas nesta pista.Serviços que são vinculados a recuperação,manutenção não requerem novo procedimento dehomologação”, disse. Segundo ele, a reposiçãodo grooving não requer uma homologação por parteda Anac, “pelo que me consta ficaria a cargo do responsávelpela execução e coordenação do serviço- a Infraero”.A resposta dosuperintendente da Anac foi dada após pergunta do deputadofederal Vanderley Macris (PSBD-SP) para saber de quem seria aresponsabilidade sobre a liberação da pista. “Pareceque existe um jogo de empurra, ninguém quer assumir mais essaresponsabilidade”, disse.