Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A execução penal e a ressocialização de presos e egressos do sistema penitenciário está sendo discutida hoje (11) na Câmara dos Deputados. O evento, promovido pela Comissão de Segurança Pública da Casa, tem como objetivo discutir o sistema prisional brasileiro e a reinserção da pessoa que foi presa na sociedade.O "melhor caminho" para combater a criminalidade é a prevenção, diz o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Para ele, a ressocialização depende das condições que o preso encontra no sistema carcerário. "E, quando a pessoa sair da cadeia, ter uma política para que possa viver com dignidade. Evidentemente, isso beneficia a sociedade e também aqueles que cometeram o crime em dada fase da vida", afirmou o deputado durante o seminário. Chinaglia acrescentou que a recuperação do preso passa pelo trabalho. "Se tivesse que apostar uma única ficha no sistema prisional, eu acho que criar as condições do preso trabalhar, para ele não ter ficar dependente ou submisso aos comandos existentes nos presídios, para que ele pudesse prover a si e a sua família, acho que isso contribuiria para recuperação desse preso", destacou. Chinaglia disse ainda que o problema da insegurança pública não se deve à ausência de leis. "Se as leis existentes fossem cumpridas, ou se os problemas reais que levam à violência fossem resolvidos, as leis seriam suficientes", afirmou o deputado. Segundo ele, a Câmara está preparada para aprimorar o sistema e fazer o papel, não só de legislar, mas de pressionar para que as leis sejam cumpridas. "Acho que a Câmara e o Congresso têm de jogar o peso da representação popular para cima de quem tem responsabilidades bem maiores que o Congresso - aí eu estou me referindo ao Poder Executivo, no nível dos estados e da União", ressaltou.