Luiza Duarte
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ummutirão de cirurgias ortopédicas, promovido pelo Instituto Nacional deTraumato-Ortopedia (Into), começou hoje (11) no Hospital Estadual PedroII, em Santa Cruz, zona oeste da cidade. Até o final da semana, o objetivo do mutirão é reduzir as filas por cirurgias não-emergenciais na rede pública estadual. Há mais de um mês, quatrodos cinco hospitais estaduais da capital suspenderam esse tipo de operação em todas as especialidades.Deacordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o hospital AlbertSchwaitzer, em Realengo, e o hospital Carlos Chagas, em MarechalHermes, já normalizaram a situação. Mas o Getúlio Vargas, na Penha, e oPedro II, onde está sendo realizado o mutirão, ainda nãoretomaram a realização de cirurgias não-emergenciais.SegundoDiego da Silva, de 23 anos, um dos cerca de 40 pacientes que o Intoespera operar até sexta-feira (14), algumas pessoas aguardam até dois meses pelas cirurgias. “Fiquei surpreso [com a rapidez do atendimento], uma semana é pouco, tem gente que está aqui há dois meses e ainda não foi operado”, revela Diego.Ocirurgião Marcos Correia, que coordena as ações do mutirão,informou que esse não é um projeto emergencial, mas que acabou suprindoa demanda acumulada de cirurgias devido às suspensões nos hospitaisestaduais.“Naverdade nós estamos realizando essa primeira ação, porque todo mundosabe que nas condições em que se encontra o sistema estadual de saúde é precisoum certo tempo para que essa estrutura venha realmente a funcionar”,explicou.ASecretaria informou ainda que a suspensão das cirurgias não-emergenciais se deve à lotação dos hospitais e que, por isso, foi dadaprioridade aos casos de emergência.