Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Cerca de duzentos especialistas,incluído pesquisadores e gestores públicos do Brasil, Portugal, França eEstados Unidos, debatem até quarta-feira (12) no município de Gravatá, no agrestede Pernambuco, alternativas para minimizar os efeitos da escassez de água nosemi-árido nordestino. Eles participam da 2ª Conferência Internacionalsobre Água em Regiões Áridas e Semi-Áridas. A primeira aconteceu no anopassado, no Texas, Estados Unidos.
De acordo com o secretário executivo de Recursos Hídricos do governo dePernambuco, José Almir Cirilo, a idéia é debater uma cooperação internacionalentre pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras que favoreça,com novas tecnologias, o homem do campo, com relação à questão da falta deágua. “O objetivo é discutir as formas de superar as dificuldades que envolvema questão da água”, declarou. Ele disse que alguns dos experimentos trabalhadosem laboratório pelos pesquisadores já podem ser aplicados no campo, como porexemplo novas formas de armazenar águano solo e de purificar água das cisternas.
Entre os temas que constam da programação estão os impactos das mudançasclimáticas sobre regiões áridas e semi-áridas, produção agrícola em áreassecas, desertificação global e métodos para aproveitar recursos hídricos não-convencionais.
Ao final do encontro, promovido pela Associação Brasileira deRecursos Hídricos em parceria com universidades públicas, os participantespretendem elaborar um documento com proposições que possam nortear políticaspúblicas de conservação de recursos hídricos em áreas secas.
Dados do Atlas Nordeste, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA),indicam que dos 185 municípios pernambucanos, 122 estão localizados na regiãodo semi-árido.